Urge contratar mais enfermeiros para o Serviço Regional de Saúde da Madeira

O SINDEPOR visitou, esta semana, alguns dos serviços do Hospital Nélio Mendonça, no Funchal, Madeira, com o objetivo de ouvir os enfermeiros e divulgar o nosso sindicato.

Uma das principais queixas dos colegas prende-se com a sobrecarga de trabalho devido à falta de profissionais, que por sua vez faz aumentar o recurso ao trabalho extraordinário, pouco compensador para quem o desempenha, devido à elevada carga fiscal. 

Perante este cenário, o SINDEPOR insiste na necessidade premente de contratar enfermeiros, diminuindo dessa forma o cansaço e o desgaste dos colegas – o que se traduziria numa melhoria de cuidados de saúde prestados à população – e numa melhor rentabilidade financeira, ao diminuir-se o pagamento de horas extra. 

Além disso, mantemos a tónica no respeito pela legislação em vigor de forma a respeitar as 11 horas de descanso entre turnos, a par do diálogo e motivação necessários por parte das entidades gestoras.

Tivemos oportunidade de abordar aspetos que resultam da atualização do nosso caderno reivindicativo, como é o caso de um ordenado base de entrada na carreira na casa dos 1700 euros, além da atualização proporcional dos restantes patamares salariais.

Defendemos também a reforma ao final de 35 anos de serviço ou com 57 anos de idade. Cumulativamente, pugnamos pela redução de um turno semanal aos colegas com mais de 55 anos e de dois turnos semanais para os maiores de 60, enquanto não houver avanços legislativos nesta área. 

Salientámos também que o SINDEPOR foi o primeiro sindicato que, na região, defendeu 6 pontos na avaliação por cada biénio, uma reivindicação que mantemos bem viva. “Quem não concordar com esta posição, que vá ao terreno constatar a carga de trabalho que os enfermeiros têm de suportar”, comenta a propósito, Evaristo Faria, coordenador do SINDEPOR na região da Madeira.

Mas mesmo mantendo a reivindicação dos 6 pontos, queremos firmar e assegurar os 4 pontos anteriormente negociados para o biénio 2023/2024.

Apesar da instabilidade política que a Madeira atualmente vive, o SINDEPOR acredita ser possível um relacionamento de diálogo e concertação com o Governo regional, que já se traduziu, num passado recente, nalguns resultados importantes para os enfermeiros.

Os colegas voltaram a questionar-nos sobre os meios pontos. Outros, que se encontravam a menos de 28 euros do escalão remuneratório seguinte, reivindicam, e bem, a subida, não para o patamar seguinte, mas sim para o subsequente.

Estamos atentos a estes e outros problemas e, nesse sentido, já solicitámos uma reunião à Secretaria Regional de Saúde.

Noutro plano, o Sindepor participou também na reunião do secretariado executivo da UGT MADEIRA.

Além de Evaristo Faria, participou também na visita ao Hospital Nélio Mendonça, o dirigente Óscar Ferreirinha. Tencionamos ainda voltar a este estabelecimento numa próxima oportunidade para visitarmos outros serviços. Porque mudar é preciso.