Afinal os enfermeiros também são “temidos”
Senão vejamos… Meia dúzia de líderes de Sindicatos vão ao Ministério da Saúde para entregar um documento conjunto, onde se manifestam as nossas reivindicações e a exigência de rápidas negociações a um Governo, que à semelhança de todos os anteriores nos ignora e desrespeita.
Sim, é verdade, ontem sentimos o expoente máximo dessa falta de respeito, não passámos do piso de acesso, no átrio dos elevadores e fomos recebidos por uma Sra. funcionária administrativa (que não tem nenhuma culpa e se limitou a cumprir ordens).
Essa senhora merece da nossa parte o devido respeito, tal como os agentes da autoridade que foram chamados à porta do Ministério para reforçar um já suficiente contingente, ao ponto de serem mais do que nós.
De salientar que foram de um profissionalismo exemplar. Eles bem sabem que também eles sentem “na pele” a injustiça de verem mal compensado o seu esforço pela causa pública.
O que está aqui em causa é que nós tínhamos informado que iríamos estar presentes, com respeito e responsabilidade, cumprindo todas as regras de cidadania e não se justificava tal aparato.
Ora se!…
Uma dúzia de dirigentes e uns poucos de jornalistas causaram tamanho “embaraço”, imaginem se fossemos milhares como provavelmente vai ser necessário sermos…
Não somos respeitados “aparentemente”, mas somos “temidos”…
E isso não significa nada para a profissão?Não somos respeitados “aparentemente”, mas somos “temidos”…
Ser temido não é uma forma implícita de respeito?Não somos respeitados “aparentemente”, mas somos “temidos”…
Carlos Ramalho, presidente do SINDEPOR