Desilusão ao fim de quase 40 anos de carreira

O SINDEPOR visitou hoje o Centro de Saúde de Cantanhede e ouviu o desalento de uma colega com 39 anos de carreira e a poucos anos da reforma. “Sempre fui sindicalizada e tudo o que conseguimos há anos perdemos tudo”, lamentou. “Com a idade que tenho já deveria estar no bem bom e ainda aqui estou; isto é péssimo, horrível”, insistiu, acrescentando: “O que vale é que a maioria de nós gosta muito do que faz.” Ao que outra colega replicou: “Não sei se é o que nos vale, se o que nos trama.”
Nuno Couceiro, coordenador da região centro do SINDEPOR, explicou que defendemos uma redução da idade de reforma para a classe, indicando que esta deveria ficar pelos 60 anos. O sindicalista explicou também alguns dos esforços recentes do nosso sindicato, nomeadamente o trabalho desenvolvido para que se consiga obter o tão desejado Acordo Coletivo de Trabalho, cuja conclusão se encontra interrompida há anos por decisão do Governo.
Outra enfermeira que conversou com os representantes do SINDEPOR salientou a necessidade de os enfermeiros receberem formação ao nível da segurança dos seus procedimentos. Esta colega chamou ainda a atenção para a injustiça de que são alvo enfermeiros que desempenham funções de gestão – o que implica um volume considerável de trabalho adicional – mas sem que isso tenha qualquer benefício a nível salarial.

Além do Centro de Saúde de Cantanhede, o SINDEPOR visitou também a USF ARACETI e o Centro de Saúde de Mira. Ouvimos as questões levantadas pelos colegas e salientámos também a necessidade de haver mais enfermeiros sindicalizados para que o nosso sindicato possa ter maior peso negocial junto do Governo. Além de Nuno Couceiro, participaram nas visitas os dirigentes Nuno Fonseca e Margarida Vieira e a delegada sindical Marília Mateus.

Porque mudar é preciso!