Enfermeiros do Hospital de Leiria disponíveis para lutar
A aplicação do recente Decreto-Lei 80-B/2022 originou um grande número de reclamações por parte dos enfermeiros do Hospital de Leiria. Algumas já respondidas, mas outras não, o que desde logo merece críticas. “Se os enfermeiros têm um prazo para reclamar por que é que também não há um prazo para os recursos humanos responderem?”, pergunta-se.
O SINDEPOR registou esta insatisfação numa visita que efetuou a alguns dos serviços do Hospital de Leiria. As queixas dos colegas prendem-se sobretudo com períodos de trabalho noutras instituições do SNS que não estão a ser contados, o mesmo sucedendo com contratos precários, dúvidas sobre quantos meses é preciso cumprir num ano para o mesmo ser contabilizado ou incompreensão pelas diferentes interpretações do Decreto Lei consoante os conselhos de administração.
Uma coisa ficou clara: se os vários problemas levantados não forem resolvidos, os enfermeiros estão prontos para reivindicar os seus direitos inclusive pela via judicial, tanto a nível individual como coletivo. Neste contexto, o SINDEPOR expressou a sua disponibilidade para apoiar os enfermeiros do Hospital de Leiria, prestando informação ou nas lutas pelos seus direitos.
Fora do âmbito do Decreto Lei 80-B/2022, ouvimos também queixas de falta de enfermeiros e não só. Por vezes, os gestores são obrigados a escalar mais um enfermeiro por falta de auxiliares. Outro dos problemas prende-se com o facto de haver enfermeiros mais velhos a trabalhar por turnos, enquanto os mais jovens têm horários fixos.
Nesta visita participaram o coordenador regional do Centro do SINDEPOR, Nuno Couceiro, o dirigente João Costa e a delegada sindical Marília Mateus.