Falhas nos Centros de Saúde obrigam utentes a pagar contracetivos

Adelina Valfreixo sente as dificuldades diariamente. “Temos grandes falhas na quantidade de contracetivos. Falham todas as pílulas, mas sobretudo a da amamentação, que está em rutura desde o final do ano passado”, explica a enfermeira de família do ACES de Sintra, um dos maiores agrupamentos de centros de saúde do país.
Nas consultas de planeamento familiar, conta, há casos de mulheres a quem é recomendada a pílula e meses depois já não está disponível em stock. “O que fazemos é perguntar logo à utente se tem possibilidade de comprar o contracetivo na farmácia com receita. Se não tiver, fica limitada ao que há em stock”, diz a dirigente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).
In Jornal de Notícias, 26/9/2022