Jovens enfermeiros devem recusar contratos de trabalho por valores abaixo do que é pago no SNS

Os jovens licenciados que, em breve, vão começar a trabalhar como enfermeiros devem rejeitar contratos de trabalho remunerados abaixo do valor-hora da carreira no SNS. Desta forma estão também a contribuir para a dignificação do papel social dos enfermeiros. Esta foi uma das principais mensagens transmitida por Rui Paixão, dirigente da regional do Centro do SINDEPOR, durante uma mesa redonda online, realizada ao final da tarde desta quinta-feira.
O evento foi promovido pela ESS da Guarda, no âmbito da unidade curricular Integração à Vida Profissional e teve como público-alvo os finalistas do Curso de Enfermagem. A moderação pertenceu ao Prof. António Batista, participaram 76 finalistas e, além de Rui Paixão, houve outro palestrante, Fernando Parreira (SipEnf).
Rui Paixão apelou também à responsabilização individual no momento da aceitação das condições de trabalho – carga horária, remuneração, abdicação de direitos – e alertou para o impacto que essas decisões podem ter na classe, como um todo, e nos processos negociais.
Quanto a perspetivas futuras, o dirigente do SINDEPOR referiu a importância que cada um vai ter no desenhar do nosso futuro coletivo e apelou, mais uma vez, à proatividade de cada um nos locais de trabalho, nas estruturas coletivas e nos órgãos de decisão.
Cada um dos sindicatos teve oportunidade de se apresentar e tecer considerações quanto à situação atual da profissão e perspetivas futuras para os profissionais, no contexto nacional e internacional.
Rui Paixão fez uma breve apresentação do SINDEPOR, tocando nas vantagens da diversidade sindical, no papel dos sindicatos, onde e como nos podem encontrar e nas vantagens de serem nossos associados. Apelou ainda aos futuros enfermeiros para que participem ativamente nas estruturas representativas da classe.
No final, houve tempo para perguntas e respostas, altura em que foram explorados alguns casos de propostas de trabalho já apresentadas a estes alunos, maioritariamente por ERPIs, e as medidas defendidas pelos sindicatos para compensação do risco e da penosidade da profissão.