Madeira precisa de mil novos enfermeiros até final da década

O SINDEPOR reuniu-se, esta terça-feira, com o secretário regional da Saúde e Proteção Civil da Madeira, Pedro Ramos. Apesar de o arquipélago ter nesta altura um Governo de gestão, não deixámos de insistir nas nossas reivindicações e fica, desde já, o compromisso de continuarmos a fazê-lo com o próximo Executivo.

Sobre o recente anúncio de que o concurso para a contratação de 200 novos enfermeiros será, afinal, de 80, lamentamos a diminuição, imposta por limitações orçamentais da governação por duodécimos. 

O SINDEPOR calcula que o arquipélago irá precisar de cerca de mil novos enfermeiros até ao final desta década, pelo que a contratação de mais profissionais deverá ser sempre uma prioridade dos decisores.

Ainda sobre concursos, no que diz respeito aos enfermeiros da área de gestão, soubemos que os colegas que ficaram em reserva vão ser incorporados. 

Entretanto, os aumentos salariais decididos para o SNS já estão a ser aplicados na Madeira, pelo que nos congratulamos devido ao trabalho desenvolvido pelo SINDEPOR no seio da plataforma sindical Compromisso pela Enfermagem, que junta cinco sindicatos da nossa classe. 

Recentemente, os Açores reivindicaram uma descida da idade geral da reforma de 2,5 anos por terem, na mesma proporção, menos tempo de esperança média de vida. O SINDEPOR defendeu que o Governo da Madeira deve reivindicar o mesmo, já que a esperança média de vida na Madeira é também inferior à do Continente.

A reunião com o secretário Regional de Saúde foi também uma oportunidade para reforçarmos reivindicações que temos vindo a apresentar, tais como:

27a1.png Diminuição da idade da reforma;

27a1.png Redução imediata de um turno por semana para os enfermeiros com 55 ou mais anos de idade e uma diminuição de dois turnos a partir dos 60 anos;

27a1.png 6 pontos para progressão de categoria a exemplo dos Açores; 

27a1.png Sistema de avaliação e revisão do SIADAP tendo em conta as especificidades da profissão, a exemplo do que já foi feito com outras classes na Saúde;

27a1.png Progressões salariais de 4 em 4 anos no caso de não implementação do sistema de avaliação;

27a1.png Subsídio de risco mensal no valor de 20% do vencimento base; 

27a1.png Não ultrapassagem do limite máximo de 150 horas extra anuais; 

27a1.png Respeito pelas 11 horas de descanso obrigatório entre turnos; 

27a1.png Reposicionamento no escalão subsequente (e não no seguinte) para os enfermeiros a menos de 28 euros do escalão seguinte decorrente do último descongelamento (entregámos um parecer do nosso departamento jurídico nesse sentido);

27a1.png Apoio e compensação para os enfermeiros emigrados regressarem; 

27a1.png Pagamento de subsídio de risco a um grupo de enfermeiros que trabalharam nas designadas Áreas de Doenças Respiratórias, em 2020;

27a1.png Folga em dia de aniversário;

27a1.png Compensação a quem trabalha nos dias de tolerância, com descanso ou pagamento. 

O SINDEPOR esteve representado nesta reunião pelo coordenador na região da Madeira, Evaristo Faria, pela secretária, Alexandra Freitas, pelo dirigente João Abel e pelo delegado Óscar Ferreirinha. 

Apesar de muitos dos pontos que apresentamos continuarem por concretizar, o SINDEPOR salienta a abertura, disponibilidade e respeito pela nossa classe com que Pedro Ramos sempre pautou o relacionamento com o nosso sindicato. Porque mudar é preciso.