No dia de aniversário do SNS o Governo devia oferecer-lhe a atenção que merece
Hoje celebram-se 44 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Parabéns àquela que é, sem dúvida, a maior e melhor criação do Portugal democrático e parabéns ao seu fundador, António Arnaut!
Um homem que sonhou e criou um SNS com qualidade, universal, equitativo e solidário. O balanço é, sem dúvida, muito positivo. Desde logo porque os mais pobres dos portugueses passaram a ter acesso a cuidados de saúde e deixaram de morrer, como tantas vezes sucedia, por falta dos mesmos.
Os progressos que o SNS trouxe ao país são inegáveis e todos os partidos que foram governos em Portugal mantiveram esta grande instituição, variando apenas no grau de carinho que lhe conferem e conferiram.
Decorridos estes 44 anos, urge continuar a honrar a criação de Arnaut. Os portugueses, que aguentam um insuportável peso de impostos, têm direito a consultas, exames ou intervenções cirúrgicas feitas atempadamente, bem como a enfermeiro e médico de família.
E para que tudo isto funcione, com a qualidade que os portugueses merecem e pagam, é imprescindível criar boas condições de trabalho para os profissionais, com os enfermeiros à cabeça, a maior classe profissional do SNS e o seu pilar fundamental de funcionamento, sem o qual o sistema não poderia funcionar.
Teremos sempre receio que queiram destruir tudo o que o saudoso António Arnaut se esforçou por construir. Sentimos que o SNS se encontra moribundo, mas a força dos enfermeiros nunca permitirá que pereça. E, se o SNS está doente, quem melhor do que as enfermeiras e enfermeiros para tratarem dele?
Porque mudar é preciso!