No Hospital de Lamego há enfermeiros precários ou efetivos consoante os serviços
O Hospital de Lamego tem nesta altura enfermeiros que acumulam contratos precários há três ou mais anos, com origem na emergência de resposta à covid ou em substituições de colegas.
Tratando-se de enfermeiros cuja necessidade permanente está mais do que comprovada, o SINDEPOR apela ao Centro Hospitalar de Trás-Os-Montes e Alto Douro para que estabeleça um vínculo definitivo com estes colegas.
É de elementar justiça e equidade, não só pelo que estes profissionais já deram ao Hospital de Lamego, mas ainda por outro motivo. Segundo o que os colegas nos explicaram numa visita que efetuámos ao estabelecimento, esta quarta-feira, há serviços em que os precários já passaram a efetivos, mas noutros serviços, colegas em condições idênticas continuam precários.
O SINDEPOR lida todos os dias com diferenças de tratamento dos enfermeiros dentro do SNS, mas no Hospital de Lamego as injustiças existem entre serviços. Pelos vistos, há serviços de primeira e de segunda. Perante uma iniquidade tão gritante, esperamos que os responsáveis deste estabelecimento resolvam a situação logo que possível.
Voltámos também a ouvir muitas queixas por causa da idade da reforma dos enfermeiros, da falta de reconhecimento da enfermagem como profissão de risco e da inadaptação do SIADAP à nossa profissão.
Ouvimos também críticas aos sindicatos de enfermagem, que registamos com humildade e vontade de fazer melhor.
Mas também salientámos que necessitamos de mais enfermeiros sindicalizados porque uma baixa taxa de sindicalização, como infelizmente existe na nossa profissão, transmite aos decisores políticos uma noção (falsa) de que as enfermeiras e enfermeiros estão satisfeitos com as suas condições de trabalho.
Participaram nesta visita ao Hospital de Lamego o coordenador da regional do Centro do SINDEPOR, Nuno Couceiro, e os dirigentes Margarida Vieira, Nuno Santos e Paulo Pereira. Porque mudar é preciso!