SINDEPOR apela ao cumprimento das promessas eleitorais a António Costa

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) considera que estão reunidas as condições ideais para que António Costa possa concretizar, com a maior brevidade possível, o que consta do programa do PS. A saber: “Valorizar as carreiras dos enfermeiros, designadamente através da reposição dos pontos perdidos aquando da entrada na nova carreira de enfermagem.”

Com uma maioria absoluta socialista, um PRR com incidência no sector da Saúde, a economia a crescer e um Presidente da República que já defendeu que os enfermeiros devem ser compensados a nível pecuniário, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, espera que a promessa eleitoral se torne realidade o quanto antes: “Acreditamos que o primeiro-ministro António Costa irá prestigiar a política, cumprindo o que está inscrito no programa do seu partido em relação aos enfermeiros. É de elementar justiça.”

O programa do PS não se fica apenas pela valorização da carreira dos enfermeiros, nomeadamente através da reposição de pontos perdidos. “Há outras promessas cuja aplicação real aguardamos com expetativa”, aponta Carlos Ramalho. Entre elas, uma “mudança efetiva do SNS”, permitida pelo “novo Estatuto do SNS, a par dos investimentos e reformas previstos no PRR”, bem como “reforçar a autonomia na gestão hospitalar em matéria de contratação de profissionais de saúde”.

“Apraz-nos ainda registar que é o próprio PS quem escreve no seu programa”, continua Carlos Ramalho: “Ao desgaste associado ao habitual ritmo intensivo de trabalho no setor da saúde, soma-se, agora, o impacto do combate a uma emergência sanitária sem precedentes, justificando particular preocupação com a retenção e motivação dos profissionais do SNS.”

De acordo com o programa eleitoral socialista, “é essencial continuar a política de reforço dos recursos humanos da saúde, promovendo a motivação pelo trabalho no SNS, o equilíbrio entre a vida familiar e profissional e a contínua evolução científico-profissional, com foco na melhoria das carreiras profissionais”. A isto acresce “criar e implementar medidas que visam substituir o recurso a empresas de trabalho temporário e de subcontratação de profissionais de saúde, numa aposta clara nas carreiras profissionais e na organização e estabilidade das equipas com vínculo aos próprios estabelecimentos de saúde”.

“Se as promessas contidas no programa do PS forem cumpridas, então já estamos a falar de progressos para uma classe profissional que há demasiados anos não regista quaisquer evoluções”, afirma o presidente do Sindepor. “A par destas promessas há muitas outras que gostaríamos de colocar em cima da mesa – vamos ver se o primeiro-ministro irá cumprir a promessa de diálogo – com prioridade para a retoma das negociações sobre a criação de um Acordo Coletivo de Trabalho”, avança Carlos Ramalho, que conclui: “Com a decisão popular de uma maioria absoluta registamos com agrado o anúncio do reforço do diálogo, tão necessário a uma efetiva democracia.”

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