SINDEPOR luta pela melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros no Hospital dos Lusíadas

O SINDEPOR expôs reclamações que recebemos sobre alterações imprevistas e de última hora nos horários dos enfermeiros, numa reunião que realizámos recentemente com Catarina Pinheiro, advogada com responsabilidade pela área laboral do Grupo Lusíadas. Salientámos que esta situação, compreensivelmente, em muito condiciona a vida pessoal de cada colega.

Apresentámos também uma situação inadmissível que nos foi reportada sobre uma ala do Hospital Lusiadas Lisboa: um rácio de dois enfermeiros para trinta doentes, inaceitável e incompatível com a política de qualidade tão divulgada pelo Grupo Lusíadas.

Assumindo que o ACT não foi revisto em 2023, censurámos o facto de Catarina Pinheiro não ser conhecedora de dados concretos sobre valorizações salariais para os enfermeiros, referindo apenas que houve “ajuste salarial”.

Na reunião obtivemos disponibilidade para a requisição de uma sala para realizarmos um plenário com os enfermeiros do Grupo Lusíadas, divulgação interna desse plenário e realização de futuras reuniões. 

Prevemos a necessidade de voltar a reunir com este grupo privado de saúde, uma vez que existem aspetos a esclarecer melhor, sobretudo quando nos for apresentado o “draft” do novo ACT.

A nossa interlocutora sublinhou a delegação de assuntos relativos a remunerações e progressões salariais na Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, existindo dois momentos de valorização salarial para os enfermeiros em cada ano: em Janeiro, decorrente dos aumentos indexados à subida do Salário Mínimo Nacional e, em Abril, na sequência dos resultados da avaliação de desempenho individual. 

Para a responsável pela área laboral do Grupo Lusíadas, o contexto atual de crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) faz adivinhar tempos muito conturbados, aos quais o sector privado da Saúde não está de todo imune.

O Grupo Lusíadas reconhece a enfermagem como uma classe profissional muito fustigada pela última intervenção da Troika em Portugal, a pandemia de COVID-19 e o contexto atual de degradação do SNS.

O SINDEPOR lamentou a ausência do enfermeiro diretor Bruno Matos, mas relativamente a este ponto Catarina Pinheiro assumiu chamar a si as grandes decisões laborais do Grupo Lusíadas.

Da nossa parte participaram nesta reunião o coordenador da região Sul do SINDEPOR, Luís Mós, e os dirigentes Marina Afonso e Paulo Pinto. Porque mudar é preciso.