SINDEPOR pede audiências a todos os partidos com assento na Assembleia da República

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) enviou cartas a todos os partidos com assento na Assembleia da República, sem exceção, a solicitar reuniões para debater as dificuldades da profissão. “Com efeito, grande parte dos problemas da nossa profissão continuam por resolver, numa classe profissional desgastada, desmotivada e socialmente desvalorizada, tendo em conta o papel que tem no Sistema Nacional de Saúde”, pode ler-se na missiva enviada a todos os partidos com representação parlamentar.

“Há muitos anos que os problemas da profissão se acumulam, por isso é que existem muitos enfermeiros com mais de 20 anos de carreira ainda no primeiro escalão remuneratório, entre várias outras situações indecorosas”, sublinha Carlos Ramalho, presidente do Sindepor. “Urge agora sensibilizar todos os partidos que vão estar representados na próxima Legislatura – quer venham a ser Governo ou oposição – para tudo o que afeta os enfermeiros hoje em dia e por isso é que pedimos estas reuniões”, explica o líder sindical.

Apesar de tantos anos sem progressos notórios para os enfermeiros, Carlos Ramalho considera que o ponto a que se chegou é de tal forma deplorável que só pode abrir caminho a progressos. Além disso, nos Açores e Madeira tem havido algumas evoluções para os enfermeiros. “O Sindepor tem estado presente nas negociações que determinaram essas melhorias para a vida dos enfermeiros nas ilhas, por isso acreditamos que um próximo Governo possa decidir evoluções para os enfermeiros também no continente, até por uma questão de equidade no todo nacional”, acredita Carlos Ramalho.

“A situação a que chegou a enfermagem é de tal forma extrema, que conduziu a uma união de todos os sindicatos da profissão e à marcação de uma greve para os dias 3 e 4 de novembro”, lembra Carlos Ramalho. A greve dos dias 3 e 4 de novembro foi desmarcada devido à previsível dissolução da Assembleia da República, o que viria a ser confirmado pelo Presidente da República, que marcou eleições legislativas para o próximo dia 30 de janeiro. A desconvocação da greve não desfez a união de todos os sindicatos de enfermagem, que prometem novas ações reivindicativas logo que as mesmas se justifiquem.

As cartas enviadas pelo Sindepor a todos os partidos com assento parlamentar foram registadas e com aviso de receção.

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