SINDEPOR reivindica 6 pontos na avaliação 2021-2022 dos enfermeiros da Madeira

O SINDEPOR reuniu-se esta sexta-feira com responsáveis do SESARAM e propôs-lhes a atribuição de 6 pontos na avaliação de desempenho dos enfermeiros, no biénio 2021-2022. O SINDEPOR entende que os enfermeiros merecem esta pontuação, não só pelo desempenho na linha da frente do combate à covid-19, mas também pelas perdas sofridas após 2008, tendo em conta que antes deste ano beneficiavam de progressões na carreira a cada três anos. Para que os enfermeiros possam ser compensados desta travagem brusca nas suas progressões, o SINDEPOR defende ainda a atribuição de 6 pontos em próximos biénios.
Quanto à avaliação do biénio 2019-2020 já tinham sido acordados 4 pontos, mas falta ainda concretizar a aplicação dos mesmos. Por isso, os responsáveis do SESARAM comprometeram-se a notificar os enfermeiros da atribuição dos referidos 4 pontos durante este mês de outubro, recebendo a correspondente atualização salarial, nos casos em que ela ocorra, no próximo mês de dezembro.
Nesta reunião, o SINDEPOR defendeu ainda o pagamento do subsídio de risco covid a todos os enfermeiros que prestaram serviço nas Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios (ADRs). Reivindicou-se também a atribuição do subsídio covid aos enfermeiros da linha da frente em 2021. Nesta altura, não existe enquadramento legal para esse efeito pelo que os responsáveis ficaram de analisar esta reivindicação.
No recente concurso para 80 enfermeiros, concorreram 184 candidatos, incluindo alguns oriundos do continente. O SINDEPOR considera premente a abertura de um novo concurso para colocar ao serviço os 104 enfermeiros que ficaram de fora e estão interessados em trabalhar no SESARAM, uma vez que existe necessidade de mais profissionais.
No caso dos concursos para enfermeiros gestores e especialistas, o SESARAM comprometeu-se a abri-los durante 2023. O SINDEPOR considera estes concursos fundamentais, pelo que continuará a pressionar para que os mesmos sejam lançados o mais depressa possível.
Ao nível da segurança, os enfermeiros que trabalham nos centros de saúde e urgências são muitas vezes vítimas de agressões físicas ou verbais. Este assunto foi também abordado e o SESARAM garantiu que haverá rápida intervenção por parte da PSP em caso de problemas. O SINDEPOR alertou também para agressões que ocorrem no serviço domiciliário e apelou para que, nomeadamente as enfermeiras, possam ser acompanhadas por um auxiliar nas deslocações a casa dos utentes.
Já nos transportes dos centros de saúde para os hospitais em que os doentes são acompanhados por enfermeiros, essa circunstância faz diminuir o rácio de enfermeiros nos serviços enquanto os mesmos se encontram na missão de acompanhamento. Para obstar a estas carências, nos casos em que for possível e conforme adiantaram os responsáveis pelo SESARAM, esse acompanhamento poderá ser feito por bombeiros.

O SINDEPOR solicitou ainda fardamento adequado que permita ao utente distinguir com facilidade, através das cores, quem é médico, enfermeiro ou auxiliar. O sindicato pediu ainda uma melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros nas urgências.

Da parte do SESARAM participaram nesta reunião o atual vice-presidente, Pedro Gouveia, e a futura vice-presidente, Filipa Freitas, bem como o diretor de enfermagem, José Manuel. Já o SINDEPOR fez-se representar pelo seu coordenador regional na Madeira, Evaristo Faria, a secretária, Alexandra Freitas, e Óscar Ferreirinha, membro do conselho nacional.

Leia aqui a notícia do Diário de Notícias da Madeira.