SINDEPOR visitou cuidados de saúde primários em Pombal e Leiria

Numa altura em que os utentes são apontados por entupir as urgências em vez de recorrerem aos cuidados de saúde primários, voltámos ao terreno para visitar algumas destas unidades, em Pombal e Leiria. Encontrámos logo uma situação que é, infelizmente, comum a todo o SNS.

Uma colega que gastou 10 pontos para ter um aumento de 50 euros de ordenado. “Andamos 10 anos para progredir 50 euros?”, questiona, indignada. Poucochinho para tantos anos de esforço e entrega. O SINDEPOR é frontalmente contra esta situação e contra a existência de escalões remuneratórios intermédios.

Os problemas com as progressões estão na ordem do dia, mas há outras questões bem presentes no espírito dos colegas, como a antecipação da atual idade de reforma ou o reconhecimento da enfermagem como profissão de risco. É também necessária uma nova carreira e muitos têm saudades do tempo em que se progredia de três em três anos.

Para lutarmos por tudo isto e para termos peso negocial, apelamos aos colegas para se sindicalizarem. Precisamos de ter 80% dos enfermeiros sindicalizados e não o contrário. Sobre isto, os colegas apontam os jovens que ainda não estão despertos para a importância de se sindicalizarem ao passo que muitos dos mais antigos entretanto desistiram dos sindicatos.

O SINDEPOR visitou a USF Marquês, em Pombal, a USF São Martinho de Pombal, a USF Santiago de Litém, a extensão de saúde de Colmeias do Centro de Saúde Gorjão Henriques e polo de Cortes da USF Leiria Nascente. Participaram nestas visitas os dirigentes da região do Centro do SINDEPOR, Margarida Vieira e Nuno Santos, e o delegado sindical Daniel Costa.