ULS Cova da Beira contratou 15 enfermeiros e quer contratar mais 30

O SINDEPOR efetuou, ontem, uma reunião técnica com o enfermeiro diretor da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, EPE, Nuno Pereira, e com a diretora de Recursos Humanos (RH), Sara Rodrigues, na sequência da reunião que efetuámos no passado mês de dezembro.

De referir que, no início da reunião e fora do seu contexto, o enfermeiro diretor informou já ter contratado, até ao momento, 15 novos enfermeiros para a instituição, um em contrato de substituição e 14 com contrato sem termo.

Nuno Pereira informou ainda que pediu, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Organizacional (PDO), para que fossem contratados mais 30 profissionais, estando a aguardar resposta.

Sobre os assuntos pré-definidos para a reunião, relativamente à contabilização dos pontos alertámos que existem colegas que estiveram a contrato a termo certo, que celebraram contrato sem termo após pausa inferior a 12 meses e que os pontos não estão a ser contabilizados na íntegra. 

A diretora dos RH disse que irá ter em conta essa situação e pediu os dados de um colega referido para rever o processo do mesmo. O SINDEPOR irá enviar essa informação rapidamente. 

Tendo em conta o Decreto-Lei 80-B/2022, que considera irrelevante para a contabilização dos pontos períodos de interrupção de funções até 12 meses, questionámos por que é que aos colegas que interromperam funções no período de congelamento da carreira (inferiores a 12 meses) não lhes está a ser aplicado o acelerador de progressões. 

A diretora de RH disse que não se podiam sobrepor às leis e que o Decreto-Lei 75/2023 só se aplicava a quem tinha trabalhado efetivamente a totalidade do tempo de congelamento. 

Relativamente à aplicação SISQUAL, alertámos para a falta de transparência da mesma. O colaborador não consegue aceder à informação sobre feriados e tolerâncias em falta, nem como é feita a gestão das bolsas de compensação. 

Propusemos então alterarem as regras de acessibilidade dos colaboradores à aplicação, permitindo que estes possam aceder à informação geral sobre os horários em tempo atual, horas em bolsa, feriados e tolerâncias e, se possível, que possa ser feito por controlo remoto (no domicílio). O SINDEPOR ficou de enviar um email com este pedido discriminado à diretora de RH.

Sobre a gestão dos horários, questionámos se seria viável uniformizar as quinzenas de férias para todos os serviços, devido aos casais que trabalham em serviços diferentes e, muitas vezes, veem as suas quinzenas começarem em alturas diferentes, mas o enfermeiro diretor referiu que para isso teria de haver um regulamento interno ou sair uma circular, o que tiraria alguma liberdade aos serviços para se autogerirem consoante as necessidades.

Questionámos a situação de um colega relativamente às prevenções. Foi-nos dito que a situação é comum a todos os colegas da unidade de gastro e que se encontra em análise.

Mais uma vez, o enfermeiro diretor solicitou-nos que sempre que surgirem situações de discordância e de alguma suposta irregularidade, para a comunicarmos e dialogarmos, deixando em aberto a permanente possibilidade de diálogo e de trabalhar em conjunto sempre que necessário.

Referiram também que o presidente do conselho administração (CA) todas as semanas tem falado e pressionada a ACSS sobre a questão do pagamento dos retroativos e repetiram que este assunto tem a maior atenção por parte do presidente do CA e do enfermeiro diretor.

Por fim, questionámos a diretora dos RH sobre como irá ser aplicado o decreto com as novas tabelas salariais e se o pagamento será efetuado este mês. Pareceu-nos que o seu entendimento sobre o diploma é o correto, pelo que não esperamos irregularidades, se efetivamente se cumprir a sua interpretação. Já sobre o pagamento se concretizar este mês, disseram-nos que estão a fazer os possíveis, mas sem certezas.

O SINDEPOR esteve representado nesta reunião pela dirigente Vera Matos, e pela delegada sindical Ana Rosa. Porque mudar é preciso.