Situação de falsos recibos verdes em Cinfães arrasta-se há cinco anos

Três enfermeiros que trabalham no Serviço de Urgência Básica de Cinfães são remunerados através de recibos verdes há cinco anos. 

O caso configura uma clara situação de falsos recibos verdes, uma vez que estes colegas trabalham nas mesmíssimas condições dos enfermeiros que se encontram no quadro da instituição.

Nomeadamente, cumprindo um horário de trabalho de 35 horas semanais, pré-determinado pela instituição e obedecendo à respetiva hierarquia. 

Os três enfermeiros recebem cerca de 800 euros líquidos mensais, uma vez que, além de descontos de IRS, têm também de pagar 240 euros à Segurança Social. 

A instituição paga sempre o mesmo valor/hora, trabalhem estes colegas de manhã, à tarde, à noite, ao fim de semana ou em feriado.

Um dos colegas, casado e com filhos, vê-se obrigado a ter segundo emprego e a trabalhar durante o que deveria ser o período de férias anual para receber 12 ordenados por ano e não 11. 

Já para não falar que estes cinco anos a recibo verde não contam para efeitos de progressão na carreira. 

Perante esta gritante injustiça, o SINDEPOR já tentou, no passado, resolver o caso e vamos reenviá-lo para o nosso departamento jurídico.

Há cerca de dois meses, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, anunciou, através da comunicação social, uma ação de fiscalização de falsos recibos verdes que iria durar até final deste ano. 

O SINDEPOR desafia a governante a “olhar para dentro” e a mandar fiscalizar, com prioridade máxima, este caso que se arrasta há cinco anos no Serviço de Urgência Básica de Cinfães. Porque mudar é preciso!