ARS Centro quer manter 40 enfermeiros que nesta altura estão a contrato a termo incerto

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) tem, nesta altura, cerca de 40 enfermeiros com contratos a termo incerto, recrutados no âmbito do combate à pandemia e do processo de vacinação. Os responsáveis da ARSC hão de receber instruções da tutela em relação ao destino destes profissionais, mas a instituição adianta, desde já, que os mesmos são precisos, tendo em conta as necessidades permanentes ao nível dos cuidados de enfermagem.

A condição destes 40 profissionais foi revelada esta quarta-feira, na primeira reunião entre o SINDEPOR e a ARSC. O coordenador da região centro do SINDEPOR, Nuno Couceiro, expôs várias queixas ouvidas numa visita que o nosso sindicato efetuou a centros de saúde de Coimbra, na semana passada.

Nomeadamente, atrasos na avaliação; cansaço, exaustão e desânimo, agravados pelo esforço adicional da vacinação; falta de enfermeiros, utentes sem enfermeiro de família; enfermeiros com idade avançada em funções penosas fisicamente; pressão para que não se tirem férias nos meses habituais de verão; o atraso nas obras de construção do novo Centro de Saúde Fernão de Magalhães, entre outros problemas.

No que à avaliação diz respeito, os responsáveis da ARSC apelaram a que os enfermeiros avaliados pressionem os colegas avaliadores para que estes concluam o processo de avaliação. Quando este estiver concluído, haverá lugar às respetivas progressões, se for caso disso. Já quanto às férias, indicaram que se dialogue com os superiores por forma a encontrar soluções do agrado de todos, até porque os enfermeiros estão ainda mais necessitados de férias devido ao esforço acrescido de combate à pandemia e vacinação dos portugueses.

Os responsáveis da ARSC reconhecem que os enfermeiros “estão na linha da frente em tudo o que é exigido” e este organismo garante que irá sempre agir dentro do quadro legal existente e tendo em conta as contingências orçamentais que lhe são impostas.

Além de Nuno Couceiro, participaram nesta reunião a tesoureira Margarida Vieira e os dirigentes Nuno Santos e Paulo Pereira. Por seu turno, a dirigente Marta Soares prestou apoio na preparação da reunião. Já a ARSC fez-se representar por Mário Ruivo, Maria Alzira Vaz e Isabel Reis.