Ataque informático no Garcia de Horta ainda serve para justificar atraso na avaliação dos enfermeiros

O ataque informático ao Hospital Garcia de Orta (HGO) aconteceu há já quase um ano (na noite de 25 para 26 de abril de 2022), mas os seus danos ainda se fazem sentir. Nomeadamente, o ataque informático ainda é apontado como a principal justificação para o incumprimento dos ciclos avaliativos que o SIADAP deve respeitar.

O SINDEPOR ouviu a insatisfação que este atraso no processo do SIADAP está a suscitar entre os enfermeiros durante uma visita que efetuou recentemente ao HGO. Falámos com os colegas da Consulta Externa e tencionamos voltar, logo que possível, a este serviço para ouvir outros enfermeiros que se encontravam em atividade e com os colegas do Centro de Desenvolvimento da Criança Professor Torrado da Silva.

Além do atraso no processo do SIADAP, abordámos ainda os seguintes assuntos:

👉 Insatisfação generalizada com a baixa remuneração, comparando com outras carreiras profissionais e atendendo ao elevado nível de responsabilidade e complexidade da profissão de enfermagem e ao desgaste rápido face aos diferentes riscos enfrentados no quotidiano;

👉 Um grupo de enfermeiros especialistas não aceita que um suplemento remuneratório de 2% atribuído pelo Decreto-Lei nº 61/1992, de 15 de Abril, a título vitalício, foi integrado no seu vencimento base. Estes enfermeiros contactaram a diretora de Recursos Humanos do HGO por email, mas ainda não obtiveram resposta relativamente a este assunto;

👉 Um grupo de alguns enfermeiros gestores, oriundos da categoria de subsistentes (enfermeiros chefes), no âmbito do Decreto-Lei Nº 248/2009, de 22 de Setembro, e de enfermeiros especialistas, no âmbito do Decreto-Lei Nº 437/1991, de 8 de Novembro, manifestou-se desagradado face ao facto de serem posicionados apenas no primeiro escalão de enfermeiro gestor/especialista, gerando uma injustiça relativa face aos novos enfermeiros gestores e aos novos enfermeiros especialistas.

Participaram nesta visita ao HGO o coordenador da Região Sul do SINDEPOR, Luís Mós, e os dirigentes Adelina Valfreixo e Paulo Pinto.