Aumenta a gama de problemas provocados pela aplicação do Decreto Lei 80-b/2022
A variedade de aborrecimentos desencadeados pela aplicação do Decreto Lei 80-B/2022 não pára de aumentar. Desta vez, o SINDEPOR encontrou enfermeiros que já foram reposicionados na carreira e receberam os retroativos que o Governo decidiu atribuir, mas sem que antes lhes tenha sido facultada a contagem de pontos.
Como é que estes colegas podem saber se a contagem está correta? É essa a grande dúvida que têm. No entanto, apesar de terem exigido conhecerem as contagens, até ao momento ainda não tiveram acesso às mesmas.
Encontrámos estas situações em visitas que efetuámos, esta semana, às UCSP’s de Monte Abraão e Belas e USF Monte da Luz, do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra. Só nesta área existem, atualmente, nada menos que cerca de 33.000 utentes sem médico de família, o que espelha bem as insuficiências que o SNS atravessa.
Os relatos que ouvimos foram, mais uma vez, de insatisfação generalizada. Os enfermeiros estão desde logo descontentes com o processo da avaliação de desempenho através do SIADAP e com a aplicação do Decreto Lei 80-B/2022.
Acresce que o número de enfermeiros que trabalha nestas unidades é reduzido e inversamente proporcional às exigências profissionais. Ao mesmo tempo, o número de utentes inscritos cresce de forma desmesuradamente elevada, agigantando responsabilidades de todos os enfermeiros generalistas, especialistas e gestores, o que aumenta ainda mais os sentimentos de insatisfação e injustiça.
Participaram nestas visitas o coordenador da região Sul do SINDEPOR, Luís Mós, e os dirigentes António Fatia e Adelina Valfreixo.