Enfermeiros dos cuidados de saúde primários disponíveis para lutar

O SINDEPOR visitou hoje algumas unidades de saúde do distrito de Aveiro, tendo reunido com colegas, que desde logo demonstraram o seu contentamento por receberem a visita de elementos de um sindicato.
O novo quadro político do país, caraterizado por uma maioria absoluta do PS, foi um dos temas abordados, o que levou uma enfermeira a exprimir: “É agora que temos de lutar, senão entramos na inércia.” Palavras semelhantes ao que ouvimos de outra colega, noutra unidade: “Agora temos que voltar à carga; é o sentimento de todos nós.” Para reforçar esta convicção, recordou: “Na última greve dos cuidados de saúde primários quase toda a gente fez greve.”
“Há dois anos que quase não estamos com as nossas famílias. Estamos privadas das nossas famílias. Por isso é altura da ministra pagar o que nos deve; os enfermeiros são demasiados humildes e quem é muito humilde, é comido”, defendeu ainda esta enfermeira. Noutro plano, “os enfermeiros não gostam de ver os sindicatos uns contra os outros”, foi outra frase relevante que nos foi transmitida.
Os vários problemas da profissão, como a idade da reforma, a carreira estagnada, um sistema de avaliação impróprio ou as diferenças inaceitáveis entre enfermeiros com CTFP e CIT foram outros dos temas debatidos com estes enfermeiros. Os elementos do SINDEPOR apelaram ainda à sindicalização dos colegas, salientando o aumento do peso negocial que mais enfermeiros sindicalizados representa e explicando, entre outros aspetos, o que o sindicato pode fazer pelos associados e as diferenças e complementaridade com a Ordem dos Enfermeiros.
A visita de hoje passou pelos Centros de Saúde de Oliveira do Bairro (UCC e UCSP) e Mealhada, pelo polo de Oliveira do Bairro da USF Vale do Cértima e pelo Centro de Vacinação de Anadia. Participaram nestas visitas o coordenador da região centro do SINDEPOR, Nuno Couceiro, e os dirigentes Nuno Fonseca, Margarida Vieira e Nadine Loureiro.