Hospital de Évora dá mais um dia de férias por cada 10 anos de trabalho aos enfermeiros CIT

O Hospital de Évora atribui um dia extra de férias por cada 10 anos de trabalho aos enfermeiros com contrato individual de trabalho (CIT), desde o ano passado. Também a partir deste ano, a instituição começou a dar um dia de folga a todos os enfermeiros no dia de aniversário. 

Estas informações foram prestadas ontem pelo enfermeiro diretor do Hospital de Évora, José Chora, durante uma reunião com o SINDEPOR.

O nosso sindicato congratula-se por o Hospital de Évora ter começado a dar um dia extra de férias por cada década de trabalho aos enfermeiros com CIT. Não o fazer representa uma injustiça absurda que temos combatido das mais variadas formas. Inclusive, em março de 2022 enviámos uma comunicação às instituições do SNS apelando a que concedam um dia de férias extra, por cada 10 anos de trabalho, aos enfermeiros com CIT.

José Chora reconheceu ainda que não dispõe de enfermeiros suficientes e, nesse contexto, o Hospital de Évora propõe-se contratar mais 60 enfermeiros este ano. 

Por seu turno, o presidente do SINDEPOR, Carlos Ramalho, salientou a disponibilidade deste sindicato para o diálogo e lembrou que, nesta altura, existe uma união de cinco estruturas sindicais de enfermagem decididas a conquistar progressos para os enfermeiros.

Ontem também, reunimos com o presidente do conselho de administração do Hospital de Évora, Vítor Fialho. 

Na sua opinião, os problemas que afetam os enfermeiros são mais vastos. Estamos perante uma “terraplanagem da classe média”, muito por culpa de uma elevada carga fiscal.

Vítor Fialho deu mesmo o exemplo de um casal de enfermeiros que, há 10 anos, podia ter um filho a estudar em Lisboa, algo que hoje é impossível. 

Este responsável garante que prefere ter um hospital em paz social, sem greves, e focado na prestação de cuidados à população, trabalhando para conseguir esses objetivos, embora sentindo que muitas vezes a legislação nacional contribui para alguns solavancos que afetam a gestão. 

Vítor Fialho carateriza os mais de 800 enfermeiros que hoje integram a Unidade Local de Saúde Alentejo Central como uma solução e não um problema e apelou também à união dos sindicatos de enfermagem no sentido de formularem reivindicações comuns. 

Além de Carlos Ramalho, participaram nestas reuniões os elementos da direção do SINDEPOR Agostinho Monteiro e João Garcia, o coordenador da região Sul, Luís Mós, o dirigente Paulo Pinto e a responsável pelo departamento jurídico e de contencioso, Ana Margarida Ferreira. Porque mudar é preciso.