Os enfermeiros têm de conhecer os seus direitos e sobretudo assumir a responsabilidade de lutar por eles
“Às vezes conhecemos os nossos direitos, mas não lutamos por eles.” Foi uma das frases que o SINDEPOR ouviu nas visitas que efetuou, esta quarta-feira, a centros de saúde da região centro. Noutro ponto de passagem, uma colega aludiu à “carolice dos enfermeiros, que gostam sempre de fazer o melhor possível”.
Sem dúvida verdade. O foco do trabalho dos enfermeiros está de tal forma em prestar os melhores cuidados ao utente, que muitas vezes coloca os seus próprios interesses em segundo plano.
No SINDEPOR defendemos que é preciso combinar ambas as vertentes: manter o foco no utente, até para que este compreenda melhor o valor e a importância do trabalho dos enfermeiros, mas sem descurar a luta pelos direitos da nossa classe.
Um dos melhores meios para se conseguir, por um lado, a manutenção dos nossos direitos, por outro, a conquista de novos, passa por aderir a um sindicato. Um passo que traz benefícios não só a nível pessoal, mas também para a nossa classe profissional. Porque sindicatos mais fortes têm maior peso negocial junto do Governo ou de outras entidades patronais.
Nestas visitas encontrámos vários colegas sindicalizados, o que saudamos. Naturalmente, preferimos que os enfermeiros se filiem no SINDEPOR, mas consideramos também decisivo o aumento da taxa de sindicalização dos enfermeiros, no nosso ou noutro sindicato.
Os pontos zerados e os problemas com a avaliação de desempenho continuam a gerar um grande sentimento de injustiça, que se torna ainda mais agudo tendo em conta o combate travado pelos enfermeiros especialmente durante o período mais difícil da pandemia, quando foi preciso muita coragem, compaixão e dedicação.
Por isso o SINDEPOR defende a atribuição de dois pontos por cada ano de luta contra a pandemia e temos vindo a exigir, neste caso à ARS Centro, a rápida conclusão do processo de avaliação.
O SINDEPOR marcou presença nos centros de Saúde da Lousã, Vila Nova de Poiares, Penacova e Mortágua. Participaram nestas visitas o coordenador da região Centro do nosso sindicato, Nuno Couceiro, os dirigentes Margarida Vieira e João Costa e a delegada Marília Mateus. Porque mudar é preciso!